" A lembrança..."

Faz tempo que não passo por aqui, dizem que é aqui que eu te enterrei.

Faz tempo também que não me sinto assim, tentando lembrar novamente onde foi que eu errei.

Tanta coisa eu fiz pensando e um dia te contar,

E hoje já nem sei onde te encontrar.

Você é disforme, inconstante e permanente,

se mexe em meio ao meu corpo, coração e também mente.

Como a fome que chega sem avisar, vem você assim de repente

Tirando meu sono e minha atenção com seu andar de serpente.

Sei lá, de repente, estejamos bem longe do finalmente.

Já que nos conformamos com o recíproco ausente que criamos 

Aonde é que paramos? Qual o nome desta dança?

Definitivamente, nada mais que lembrança.